O termo “Maker” advém de um movimento atribuído a Dale Dougherth, cofundador da O’Reilly Media, quando lançou a Make Magazine, em 2005. Esse termo tem me intrigado muito, pois inicialmente, por lógica, deduzi que fizesse referência ao verbo to make, do inglês, que traz em seus significados fazer, fabricar, construir. Não sabia, nesse momento, o valor real dado a esse termo. Dia desses, assistindo uma reportagem especial sobre ser maker, descobri que ele vai muito além de simplesmente fazer, ele se refere a um estímulo à criatividade, construção de tecnologias, por meio do trabalho colaborativo, troca de conhecimentos e ideias. Inclusive as escolas estão adotando.
Tenho vários exemplos de profissionais realizadores, que criaram seus negócios, reinventaram, criaram novas formas de desenvolvê-los e muitos deles são hoje muito bem-sucedidos. Um bom exemplo são os criadores da Cloud Coaching, o Marcos e o Jorge. Eles desenvolveram uma plataforma de conteúdo e soluções com temas relacionados ao desenvolvimento pessoal e profissional, iniciando-a despretensiosamente por meio de uma página no Facebook. Hoje possuem um market place com livros e cursos de qualidade, uma revista digital com mais de 60 artigos próprios por mês e uma plataforma de conexão entre coach e coachee, considerada a maior do país. Também realizam eventos mensais em parceria com o Google for Startups Campus e outros profissionais, além da parceria com nossa empresa, a Passadori Educação e Comunicação, trazendo os próprios colunistas para compartilharem os seus saberes e a sua experiência em eventos ricos em conteúdo, gerando uma comunidade de aprendizagem.
Começaram um movimento que ganha corpo e se amplia a cada dia, com parceiros certos e comprometidos, ampliando-se em uma rede de contatos extremamente benéfica a quem dela participa. Onde vão chegar? Nem mesmo os criadores desse movimento sabem. Costumam dizer: Sabemos de onde saímos, mas não sabemos o que o futuro nos reserva. São fazedores (Makers), por excelência.
Há pessoas que nada realizam ou fazem muito pouco por pensarem que para iniciar algo precisam de tudo planejado e organizado, mesmo sabendo que todo planejamento precisará de ajustes e adaptações às circunstâncias não previstas. Melhor começar fazendo o bom, sem a preocupação inicial com o ótimo. Há quem diga que o ótimo é o inimigo do bom, pois limita, bloqueia, impede o avanço.
Sei que sou um fazedor, nesse momento em que o mercado, de modo geral está retraído, estou aproveitando para criar novos projetos, estou estudando novas possibilidades de trabalhos e frentes para oferecer os nossos produtos, buscando parceiros realizadores, tocando adiante, tirando pessoas acomodadas do meu caminho, fortalecendo a crença na minha capacidade de realização e não dando bola para os pessimistas e críticos. Não é à toa que o sucesso e a sorte acompanham de perto quem age. Se você tem uma boa ideia e não a coloca em ação, fica mais uma boa intenção desperdiçada e dizem por aí que o inferno está cheio delas.
Tenho o privilégio de conhecer e conviver com pessoas que realizam, começaram do quase nada, com um sonho na cabeça, não tinham metodologias, nem técnicas, nem recursos financeiros, iniciaram seus negócios acreditando em si mesmas e partindo para a ação. Com o tempo aprimoraram-se por meio de cursos, seminários, congressos e potencializaram ainda mais os resultados dos seus empreendimentos, mas sempre com uma característica comum, a de serem makers.
Por isso, meu amigo, minha amiga, dizem os entendidos em seus conselhos informais, mas carregados de sabedoria que o sucesso está ao alcance de todos, em especial de quem arregaça as mangas da camisa e põe a mão na massa, ou seja, vá lá e faça, não fique reclamando, nem culpando o mundo ou alguém por algo não ter sido feito.
Finalizo com os 10 princípios do Manifesto Maker:
- Faça, em outras palavras, ponha a mão na massa, realize, não fique apenas na intenção, mas transforme em ação a sua ideia ou o seu projeto;
- Compartilhe, pois toda criação ou aprendizado deve ser compartilhado. Não significa, necessariamente, fazer doações, mesmo porque pode ser que aquilo que você criou seja a sua fonte de renda;
- Presenteie, dê aquilo que possa ser dado, afinal é um pouco de você que vai junto com o presente;
- Aprenda, mesmo que saiba muito, pois ninguém é dotado do pleno saber a ponto de não precisar aprender mais nada. Hoje em dia, principalmente, pois quem parou de aprender fica estacionado em um mundo em constante evolução;
- Equipe-se, não só com o aprendizado, mas com ferramentas necessárias para o desenvolvimento dos seus projetos. Procure ferramentas simples, acessíveis, fáceis de usar. Você se surpreenderá com a sua capacidade de ser um maker com “M” maiúsculo;
- Divirta-se, afinal, ninguém é de ferro. É sempre melhor fazer algo divertido ou se divertir ao fazer, do que fazer por obrigação e ficar mal humorado;
- Participe de seminários, congressos, cursos, festas, eventos para uma contínua reciclagem e atualização sobre as novidades;
- Apoie, incentive, pois todo projeto fica melhor quando apoiado emocional, intelectual, financeiro, político e institucionalmente e, assim, será coparticipante no sucesso de outras pessoas;
- Mude, reinvente, saia do plano comum e rotineiro e assim terá novas perspectivas para considerar e poderá tornar seus projetos mais interessantes;
- Permita-se errar, pois dessa forma saberá muitas formas diferentes de como não fazer, nem se deixe levar pelo medo de errar de novo. Isso é natural e faz parte de um processo de aprendizagem.
Mãos à obra e sucesso nas suas realizações!
Reinaldo Passadori