Novo “Novo Normal”

Novo “Novo Normal”

Tenho acompanhado várias palestras, lives, vídeos, artigos e entrevistas abordando o tema “Novo Normal”. Essa expressão tem se viralizado, apontando tendências e opiniões do que seria o novo comportamento das organizações e seus colaboradores, passada a pandemia.

Dentre as mais diversas linhas de pensamento sobre o “Novo Normal”, há uma convergência de que jamais seremos os mesmos. Que devemos estar preparados para uma nova configuração da relação empresa-colaboradores, a oficialização do home office. Algumas mudanças nas relações de trabalho, atualização das leis e um novo jeito de se tratar as relações interpessoais. Além disso, uma melhor relação familiar, em especial com os filhos que passam a estudar via web, ficando mais em casa também.

O que tenho observado é que estamos diante de uma extraordinária oportunidade para fazer uma revisão geral na nossa vida. Estabelecer novas e mais profundas mudanças no nosso jeito de pensar, sentir e agir.

É chegada a hora de pautar a vida por valores fundamentais para um novo ser que nasce a partir das condições da pandemia, tendo dizimado centenas de milhares de pessoas no mundo todo, exigindo cuidados especiais, distanciamento social e uso de máscara para proteção de si e dos demais.

A proposta de um “Novo Novo Normal” é de mudanças mais profundas em comportamentos e atitudes. E pode ser simbolizada com a metáfora da máscara. Em primeiro lugar, a máscara nos fecha a boca e puxa nossas orelhas para frente, sinalizando a importância de falarmos menos e ouvirmos mais. Além disso, a máscara nos comprime o nariz e levanta o nosso queixo, o que disso depreendemos que devemos abaixar o nariz empinado e manter o queixo reto para olharmos para frente e nos olhos.

A comunicação merece um destaque especial, pois permeia todas as relações intrapessoais e interpessoais. No contexto intrapessoal, refere-se à autoestima, autoconhecimento, como cada um lida consigo mesmo, com suas crenças, seus valores, seus compromissos. No contexto interpessoal, trata da flexibilidade necessária para lidar com todos os tipos e temperamentos, crenças e valores das outras pessoas.

Mais do que nunca a habilidade de comunicação figura entre uma das principais no contexto de formação e atuação do profissional atual e futuro, pois é a partir dela que tudo flui: liderança, vendas, entrevistas, debates, treinamentos,  negociações, atendimento a clientes e apresentações em geral, sendo inseridas sobremaneira as relações via internet, como lives, videoconferências, vídeos e etc.

Nessa nova configuração que se esboça, acentuam-se tendências, como se abordar o tema espiritualidade no contexto profissional, a importância do resgate de valores fundamentais, a definição clara e simples do propósito, além de discussões e tomada de consciência relacionadas à sustentabilidade, responsabilidade social, valorização da vida, do planeta, respeito às diferenças, entre outras.

Isso pode ser sintetizado na necessidade do ser humano resgatar a sua essência, pautando a sua vida por valores, como uma bússola apontando sua seta na mesma direção. Metaforicamente essa direção é a dos valores pelos quais uma pessoa, ao adotá-los, faz suas escolhas e toma suas decisões neles baseada.

Líderes, de modo geral, gestores, diretores, profissionais de RH, empresários, professores, diretores de associações, entidades, sindicatos, consultores, coaches e políticos,  passam a ter um relevante papel de gerar a influência para o direcionamento dos processos e ações visando atender anseios e resolução de problemas de uma comunidade, de uma empresa, de uma instituição.

Algumas experiências recentes me avivaram a importância de ter clareza dos valores que escolhi adotar na minha vida. Uma delas é a participação em um curso promovido pela ADESG –Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, chamado CEPE – Curso de Estudos de Política e Estratégia. A tônica básica do curso é o aprimoramento pessoal sobre estratégias e sobre as bases educacionais para uma atuação como influenciadores nos mais diversos ramos de atividades. Além de palestras muito bem elaboradas, por autoridades civis e militares, são programadas algumas visitas para o entendimento sobre os bastidores do poder. Algumas dessas visitas programadas:

  • Academia de Polícia Militar do Barro Branco
  • COPOM – Centro de Operações da Polícia Militar
  • GCM – Guarda Civil Metropolitana
  • COE- Centro de Operações Aeroespaciais
  • DCTA – Departamento de Ciência Aeroespacial
  • ADESG – Escola Superior de Guerra no Rio de Janeiro
  • BOPE – Batalhão de Operações Especiais
  • EMBRAER
  • FUNDAÇÃO BRADESCO.

Recomendo este curso para os líderes e formadores de opinião que conheçam e saibam a importância de acessar as informações estratégicas e fazer parte dessa valorização da vida e da pátria.

Além da participação neste curso, outra experiência foi participar como convidado, como mentor, do projeto promovido por Edna Vasselo Goldoni, por meio do Instituto IVG, que reuniu, na primeira fase, 75 mentores, prestando serviços a 75 mentoradas. Foi um sucesso, tanto que na segunda versão, prevendo realizar atendimento a 120 mulheres, sendo que já há 2.000 inscritas.  Edna é dessas pessoas de alma grande que deseja tornar o mundo melhor, trabalhando em prol da valorização da mulher.

Outra escola é minha participação na Maçonaria, há mais de 20 anos, e que para surpresa de muitos, não é uma entidade secreta, como muitos imaginam, não é uma sociedade secreta, não é uma religião, mas sim uma entidade filosófica, progressista, filantrópica, enaltecendo valores fundamentais objetivando o bem comum, pautando seus alicerces também por valores fundamentais, inspirados na trilogia “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, além de combater todo tipo de fanatismo, promovendo a verdade, a justiça, o enaltecimento das virtudes e cavando masmorras aos vícios.

Tudo o que fazemos é reflexo de quem somos e nossas palavras exteriorizam nossas crenças, valores e pensamentos. Por isso, um cuidado especial deve acontecer na medida em que externamos algo, evidenciando o que temos em nosso interior, pois ninguém pode oferecer alquilo que não tem.

Nesse contexto, o Novo Normal não deve apenas resgatar o jeito antigo de ser, mas a transformação da vida para melhor, das melhores práticas para si e para os demais visando o bem comum, promovendo a real responsabilidade e participação no contexto político econômico e social.

Algumas bases para isso ocorrer:

  • Maior consciência na escolha dos nossos representantes no governo para não cair nas mãos de facções e do crime organizado;
  • Valorização da família, gerando a melhor educação possível dos nossos filhos;
  • Combater as ideologias fanáticas e geradoras da desordem pública e a desinformação interesseira de grandes mídias;
  • Fazer valer, de verdade o valor da sua palavra quando empenhada;
  • Valorização da mulher na sua essência, na equiparação salarial e nas diferenças sociais;
  • Sermos luz para alumiar, setas para indicar direção e mãos para ajudar a quem necessita;
  • Destinarmos parte do nosso tempo a alguma ação filantrópica, fazer algo em prol de alguém, alguma entidade, alguma causa nobre;
  • Ser útil, sentir-se parte, integrando e integrando-se para o bom convívio social;
  • Ter amigos e ser leal com suas amizades;
  • Pautar sua vida por valores fundamentais, como ética, integridade, verdade, generosidade, prosperidade e amorosidade.

Por isso, minha amiga, meu amigo, o mundo espera por pessoas especiais, aquelas que são inquebrantáveis no seu espirito, que não se importam quantas vezes caem, mas quantas vezes tornam a levantar, que são otimistas, proativas e focadas em deixar um mundo melhor do que o encontraram.

Reinaldo Passadori

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