Como Lidar com Traumas e Crenças Limitantes: Guia Completo (parte I) traumas e crenças limitantes, traumas, crenças limitantes, feridas emocionais, síndrome do impostor, ansiedade, crenças negativas, como lidar com traumas, como lidar com crenças limitantes, como lidar com traumas emocionais, impacto das crenças limitantes na vida, identificação de feridas emocionais, superando a síndrome do impostor, efeitos da ansiedade na saúde mental

Como Lidar com Traumas e Crenças Limitantes: Guia Completo (parte I)

Como Lidar com Traumas e Crenças Limitantes: Guia Completo (parte I)

Parte 1: Identificando Traumas e Crenças Limitantes

Por acaso você ou alguém do seu convívio se vê menor do que realmente é?

Não estou me referindo à altura ou tamanho do seu corpo físico, mas à sua autopercepção, fazendo uma avaliação aquém das suas competências ou do seu valor como pessoa ou profissional, subjugando-se ou diminuindo-se por meio de atitudes e comportamentos nos mais diversos contextos do dia a dia.

É certo que todos passamos por situações de crise ou experiências negativas ao longo da vida, mas ao invés de encarar esses desafios com naturalidade e percepção sob a dimensão da realidade, algumas pessoas tendem a ter traumas ou as chamadas feridas emocionais sempre presentes nas mais variadas situações da vida.

Mas afinal, o que é um trauma?

O resíduo de uma experiência negativa que se perpetua na mente de quem sofreu essa situação e que tende a trazer à tona as sensações e as emoções dessa situação complicada. E, dessa maneira, inconscientemente, o cérebro dessa pessoa identifica como uma situação a se repetir diante de situações semelhantes àquela geradora desse trauma.

Por exemplo, uma pessoa que quase se afogou em uma piscina ou em uma praia e, diante de uma situação relacionada com água, resgata não só a lembrança, mas as sensações complicadas vinculadas àquela que gerou esse problema.

Claro que esses problemas atrapalham a vida de uma pessoa e dificultam a comunicação intrapessoal. Isso se manifesta na forma de baixa autoestima, medo exacerbado, pavor e outras sensações que se manifestam no próprio corpo.

As chamadas “feridas emocionais” ou traumas mais comuns, a saber:

  • Rejeição: Sentimento de não ser aceito ou amado, podendo surgir desde a infância e impactar a autoestima e relacionamentos futuros. Uma situação bastante comum é a pessoa que sofre preconceitos de todo tipo.
  • Abandono: Experiência de ser deixado por alguém importante, gerando medo de solidão e dificuldades em confiar nos outros. Acontece muito quando há separação de pais, deixando muitas vezes marcas profundas nos filhos relacionadas a essa sensação de terem sido abandonados por um ou outro cônjuge.
  • Traição: Vivência de ter a confiança quebrada por alguém próximo, levando a problemas de confiança e relacionamentos.
  • Humilhação: Sentimento de ser desvalorizado ou envergonhado publicamente, afetando a autoestima e autoconfiança. Cabem aqui casos de bullying ou convívio com pessoas invasivas ou excessivamente dominadoras.
  • Injustiça: Percepção de tratamento desigual ou desrespeito, causando raiva e ressentimento.
  • Negligência: Falta de cuidados emocionais ou físicos, resultando em sentimentos de desvalorização e insegurança.
  • Abuso físico: Experiências de violência física, deixando marcas emocionais profundas e dificuldades em se sentir seguro.
  • Abuso emocional: Manipulação, controle ou depreciação contínua, gerando baixa autoestima e dificuldades emocionais.
  • Perda: Morte de um ente querido ou perda significativa, resultando em luto e dor emocional profunda.
  • Abuso sexual: Experiências de violência sexual, causando traumas severos, vergonha e problemas de intimidade, notadamente com crianças e vulneráveis, situações nas quais o problema se agrava significativamente.

Além dessas experiências geradoras de traumas, há as síndromes e condições psicológicas negativas, destacando-se:

  • Síndrome do Impostor: Muitas mulheres sofrem com a síndrome do impostor, em que se sentem não merecedoras de seu sucesso ou posição, acreditando que serão “desmascaradas” a qualquer momento.
  • Transtornos de Ansiedade: Ansiedade generalizada, ataques de pânico e fobias podem limitar a capacidade de uma mulher de se posicionar assertivamente na vida.
  • Depressão: Pode ser uma barreira significativa para o desenvolvimento pessoal e profissional, afetando a motivação, energia e capacidade de tomar decisões.
  • Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): Resultante de eventos traumáticos, o TEPT pode causar flashbacks, pesadelos e uma hipervigilância constante, dificultando a vida cotidiana.

Há ainda os estímulos socioculturais como causadores dessas limitações psicológicas, por exemplo:

  • Expectativas de Gênero e Papéis Tradicionais: Pressões para se conformar a papéis de gênero tradicionais, como ser a principal cuidadora da família, podem limitar as oportunidades de crescimento profissional e pessoal.
  • Pressão por Aparência Física: A pressão constante para atingir padrões de beleza irrealistas pode levar a distúrbios alimentares, baixa autoestima e uma visão distorcida de si mesma.
  • Equilibrar Trabalho e Família: A exigência de equilibrar carreira e responsabilidades familiares pode gerar estresse significativo, afetando a saúde mental e a capacidade de se posicionar de maneira assertiva.
  • Micro agressões: Experiências diárias de micro agressões podem acumular-se e impactar negativamente a autoestima e o bem-estar emocional.
  • Falta de Modelos de Papel Femininos: A ausência de mulheres em posições de liderança pode fazer com que as mulheres duvidem de sua própria capacidade de alcançar sucesso similar.
  • Internalização do Sexismo: A internalização de mensagens sexistas da sociedade pode levar à autossabotagem e à aceitação de papéis limitantes.
  • Violência Doméstica: Viver em um ambiente doméstico abusivo pode resultar em traumas emocionais e físicos, afetando a autoestima e a capacidade de formar relacionamentos saudáveis.
  • Rejeição e Abandono: Sentir-se rejeitada ou abandonada, seja por parceiros, familiares ou amigos, pode criar feridas emocionais profundas, dificultando a construção de uma autoestima sólida.
  • Experiências de Desigualdade de Gênero: Vivenciar a discriminação de gênero, seja no ambiente de trabalho, escolar ou social pode gerar sentimentos de inferioridade e insegurança.

Esses traumas, feridas emocionais, síndromes, condições psicológicas negativas e estímulos socioculturais podem afetar significativamente o bem-estar mental e emocional, necessitando de apoio e tratamento adequados.

Na próxima edição vamos concluir este tema abordando os problemas mais comuns advindos dessas experiências traumatizantes. Além disso, a relação entre os elementos geradores dos traumas e suas consequências e os caminhos mais comuns para a solução dessas dificuldades de cunho psicológico.

Até lá!

Gostou do artigo? 

Quer saber mais sobre como identificar e lidar com traumas e crenças limitantes? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Reinaldo Passadori

COMPARTILHE
Facebook
X
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
COMPARTILHE
Como Lidar com Traumas e Crenças Limitantes: Guia Completo (parte I)traumas e crenças limitantes, traumas, crenças limitantes, feridas emocionais, síndrome do impostor, ansiedade, crenças negativas, como lidar com traumas, como lidar com crenças limitantes, como lidar com traumas emocionais, impacto das crenças limitantes na vida, identificação de feridas emocionais, superando a síndrome do impostor, efeitos da ansiedade na saúde mental