Coach em Comunicação – O prazer de ser lapidador de diamantes

Coach em Comunicação – O prazer de ser lapidador de diamantes

Coach em Comunicação – O prazer de ser lapidador de diamantes

Há um mês recebi um telefonema da Aghata, secretária executiva do presidente de uma grande empresa multinacional no ramo de saúde. Disse-me ela que o Dr. Olavo, seu chefe, soube do meu trabalho e queria falar comigo. De pronto atendi, apresentou-se, muito simpático e disse que estava interessado e precisando aprimorar alguns aspectos da sua comunicação, tais como fazer apresentações mais interessantes e envolventes, ser assertivo, objetivo, cativar e envolver seus ouvintes. Falei um pouco sobre o meu trabalho, da minha experiência com esse assunto por mais de 34 anos, de alguns trabalhos realizados e que estava disposto e disponível para atendê-lo. Assim, logo na semana seguinte, de acordo com a disponibilidade das agendas, marcamos um primeiro encontro para iniciar o trabalho e ajustar detalhes sobre suas necessidades.

Foi uma boa conversa e fluiu agradavelmente, na qual apontou alguns desafios novos sobre sua necessidade de conversas internacionais, relacionamento com a mídia, causar um impacto positivo junto aos diretores e ao conselho de administração da empresa que preside. Entramos por assuntos técnicos, uma análise sobre suas experiências, suas necessidades e de que modo poderia estar mais à vontade diante das suas diversas audiências. Uma verdadeira anamnese.

Dr. Olavo é pessoa poderosa, dirige uma empresa de milhares de colaboradores, é respeitado no mundo empresarial, dotado de grande formação e experiência internacional em várias empresas multinacionais, mas mesmo assim, carregando uma série de frustrações porque nunca tinha feito nenhum curso, nenhuma formação sobre como aprimorar as suas habilidades de comunicação verbal e tinha consciência de que era uma das suas necessidades. Depois dessa conversa, fizemos uma gravação sobre um tema que ele dominava e assistimos juntos a essa gravação, que apontou uma série de pontos que poderiam e deveriam ser incorporados no nosso plano de ação.

Disse-me que gostaria de fazer discursos envolventes e cativantes, a exemplo da Sra. Maria Luiza Trajano, presidente do Magazine Luíza. Disse que apreciava seu bom humor, a facilidade de cativar e envolver as pessoas e transmitir mensagens simples e impactantes, sendo sempre muito aplaudida no final de suas apresentações.

Definimos que partiríamos de alguns recursos para iniciarmos o nosso trabalho:

  • Como dar vida à fala – tinha a tendência de falar de maneira linear, com poucas variações de voz e velocidade. Precisava falar com energia, firmeza, assertividade, expressando adequadamente suas emoções, mantendo acesa a chama da atenção dos ouvintes.
  • Como lidar com a expressão corporal – praticamente não fazia gestos, apenas alguns movimentos repetitivos sem a adequação ao conteúdo.
  • Objetividade e roteirização – Tendia a falar muito e dizer pouco, faltava alinhamento, clareza do objetivo, embora seja dotado de grande cultura, muitos conhecimentos e experiencia internacional.
  • Além desses, outros aspectos mais simples, tais como postura, olhar, palavras em outro idioma etc.

O ambiente e relacionamento foram muito bons, desde o inicio criou-se uma grande empatia e a confiança foi plena. Ele estava a fim de melhorar, e este é o primeiro passo para o sucesso.

Fizemos um bom levantamento sobre o que ele conhecia sobre si mesmo, sua autoavaliação, suas crenças, eventuais experiências negativas, em um ambiente afetivo, bem-humorado, acentuando ainda mais a minha percepção sobre seus objetivos e necessidades.

Iniciamos com um trabalho relacionado ao quanto ele conhecia sobre si mesmo e valorizava suas qualidades. Curiosamente, o que não me surpreendeu, é que pouco sabia sobre suas habilidades e fiz uma afirmação que o fez pensar: “Se o senhor não conhece, nem valoriza as suas qualidades como comunicador, como irá utilizá-las conscientemente ou aprimorá-las? Se o senhor tem qualidades e não as conhece, flui na vida como se não as possuísse.”

Assim, com feedback adequado, começou a perceber muitas das capacidades que foram sendo aprendidas e desenvolvidas ao longo da sua vasta experiência de vida e profissional, o que já o ajudou a mudar sua atitude diante de si mesmo e de suas crenças.

Tinha realmente muitas qualidades, dentre as quais destaco: – grande simpatia pessoal, cultura geral, boa gramática, bom vocabulário, senso de humor, educação, finesse, sabe conversar e mais: informalmente quando muito à vontade, soltava a voz, fazia gestos, mostrando ser uma pessoa muito agradável e sociável.

Foi um primeiro encontro memorável, o suficiente para criar empatia e um ambiente de confiança, além de fornecer subsídios para o trabalho que tínhamos pela frente, ora atuando na dimensão intelectual relacionada a roteiro, storytelling, como iniciar, desenvolver uma apresentação, recursos audiovisuais, ora aprimorando a força do adequado uso da voz ou da expressão corporal e do olhar e outros tantos detalhes que surgiriam pela frente.

Finalizamos esse encontro com a perspectiva de mudanças extraordinárias, com o seu vislumbre de que era capaz e precisava apenas de recursos técnicos ou psicológicos.

Marcamos os encontros, conforme proposto, pagou sem questionar o valor apresentado e fizemos um trabalho maravilhoso. Ele ficou muito satisfeito e eu mais ainda por ter tido a sensação de servi-lo com o meu trabalho.

Obviamente não vou falar sobre todo o trabalho realizado, mas proponho uma reflexão sobre o trabalho que eu e você, no segmento de Coaching ou consultoria ou mentoria realizamos; – o quão é prazeroso sentir-se útil às pessoas que servimos. Cada cliente atendido e satisfeito, cada caso de sucesso, cada indicação de um cliente para novos atendimentos são muitas das recompensas que amealhamos e nos dão a convicção de que fizemos uma boa escolha para nossa realização profissional, que se mistura com a realização pessoal. Creio que ser servidor se encaixa bem na descrição do que realizamos.

Existe um ingrediente que, creio ser o maior fator do nosso sucesso nesse tipo de serviço – o amor. Primeiro nosso amor a nós mesmos, à nossa profissão e para as outras pessoas.

Desse modo, quis prestar uma singela homenagem a você, que dedica sua vida para transformar vidas, lapidando pessoas para serem melhores profissionais e seres humanos, sabendo-se uma pequena fagulha de transformação, com o avental de lapidador sujo, mas firme com as ferramentas apropriadas para desbastar a pedra bruta, transformando-a em um formoso e valioso diamante.

Reinaldo Passadori

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