Ânimo ou desânimo… O que você escolhe?

Ânimo ou desânimo… O que você escolhe?

Ânimo ou desânimo… O que você escolhe?

Ânimo ou desânimo? Vivemos uma situação um tanto quanto complicada, mas podemos escolher o lado que queremos para nossas vidas. Qual você escolhe?

Já não tenho mais acompanhado noticiários de TV, ainda mais aqueles cujo tema principal é a quantidade de infectados e mortos, número de leitos ocupados em UTIs, cenas tristes, muitas pessoas perderam seus entes queridos. Curiosamente, nesse período de pandemia, ninguém mais morre de Aids, do coração, de câncer, de insuficiência respiratória e tantas outras doenças. Isso me faz deduzir o efeito positivo da pandemia, reduzindo ou praticamente eliminando essas causas de mortalidade. Tudo é Covid-19.

Sabemos que há 140 vacinas disputando a primazia para salvar a humanidade, vemos noticiários sobre seringas, agulhas, importações, exportações, custos elevados, boicotes. Há os que dizem que há grandes riscos e que não existem dados sólidos para a certeza da cura segura e eficaz.

Acompanhando estudos, sabemos, por outro lado, que a doença está matando de 0,28 a 3% das pessoas infectadas. Das pessoas que pegam, 80% são assintomáticas e das que desenvolvem a doença, 96% se curam com medidas usuais, tais como repouso, medicamentos comuns e medidas profiláticas. Todo esse pânico não faz nenhum sentido.

O vírus existe, a doença existe e ela é potencialmente letal, não se pode negar isso, mas temos que dimensionar esse contexto dentro de uma perspectiva coerente e o que há em torno desse assunto é, na verdade um grande espetáculo midiático.

Confesso que, por mais que me esforçasse, preocupado com o assunto, vendo esse bombardeio ininterrupto de informações, de dados atualizados de cinco em cinco minutos, ou de hora em hora me irritava, me entristecia ficando até aterrorizado e pessimista.

O fato de não vê-los mais, a não ser por algum acidente de percurso, mudando canais quando vejo TV, não elimina o problema das pessoas infectadas, muitas internadas e várias delas morrendo diariamente, mas meu estado de humor e de ânimo mudaram. Não se trata aqui, de tapar o sol com a peneira, mas de não fluir nessa frequência de notícias alarmistas e catastróficas o tempo todo, como se não houvesse amanhã e que, cedo ou tarde seríamos contaminados e morreríamos por causa da pandemia.

Em uma recente viagem para João Pessoa, a serviço, na volta, avião lotado, sentei na poltrona do meio e perguntei à aeromoça: – Por acaso há alguma poltrona no corredor, mesmo que no fundo do avião?

Ela respondeu gentilmente: – Não, o voo está lotado, lamento.

Não deu outra. Dois ou três dias depois estava com febre e sintomas de resfriado e, claro, como convivo com outras pessoas, de imediato procurei um hospital e fiz exame para o Covid -19 e o resultado foi positivo.

Fiquei preocupado, ansioso pelos sintomas que praticamente aconteceriam, pois estou no grupo de pessoas de risco com mais de 60 anos, recentemente passei por tratamento médico, tendo realizado uma cirurgia e em fase de recuperação e, inevitavelmente pensei em ter sintomas, ficar internado em uma UTI, passando pelo calvário propagado pelos noticiários bombásticos e, se sobrevivesse, quais seriam as sequelas que reduziriam minha vida e que teria que carregar até o fim dos meus dias. Um grande problema, claro, afinal, pela lógica das notícias seria essa uma programação natural diante das circunstâncias.

Por sorte ou por questões normais, não tive sintomas além dessa pequena febre de 37 graus por um ou dois dias, alguns espirros. Isolei-me por 15 dias, procurei afastar-me dos meus familiares, fiz todos os procedimentos previstos, usando máscara o tempo todo, lavando as mãos várias vezes, esfregando álcool em gel e mantendo distância de todos. Pior ainda, meus filhos e minha esposa também foram infectados. Todos conseguiram sobreviver sem maiores traumas, ninguém internado, nem com sintomas.

Passado esse período, percebo a infestação nas nossas casas de uma negatividade desanimadora, um desânimo, como uma praga pestilenta, desde exageros nos noticiários- catástrofe, como filmes sobre o fim dos tempos e da humanidade e também manipulações de informações mostrando tendências, distorções para uma absurda e antecipada tentativa de influência sobre eleições ou interesses político-partidários ou arrecadação de verbas governamentais para interesses escusos, sabe-se lá. Um lixo social absurdo que mais faz é prejudicar do que ajudar.

Meu humor melhorou, não permito que o desânimo se aposse de mim ou se aproxime. Tudo começou quando parei de ver TV, a não ser algum filme interessante no Netflix ou algum programa sério, com gente séria e ponderada, que me traga algo útil.

Eliminei ou cortei contato com grupos de internet tendenciosos, do mesmo modo que em conversas, quando o assunto mostra a angústia e o sofrimento de quem ainda está fluindo nesse padrão energético do negativismo, dou um jeito de me afastar e procuro fazer outra coisa mais interessante.

Ânimo ou desânimo foi o tema que circunda essa reflexão, pois podemos escolher um dos lados. E, na pior das hipóteses, ficar neutro diante desse cenário.

Há um antigo filósofo estoico da nossa era, Epicteto, que escreveu suas máximas e em uma delas disse:

“Há coisas que estão sob o nosso poder e outras que não estão sob ele.”

Por exemplo, nossa reputação não está sob o nosso poder. Isso porque depende de fatores externos, de interpretações. Mas as escolhas que fazemos, as nossas emoções e as energias que nos circundam estão sob o nosso comando.

Ânimo ou desânimo? Faça a sua escolha, decida o que lhe é melhor. Procure viver a sua vida em harmonia. Não permita que fatores externos, tais como pessoas pessimistas ou meios de comunicação perniciosos e tendenciosos influenciem a sua vida. As coisas já não estão fáceis do jeito que são normalmente. Se não se cuidar, a ansiedade, a tensão, a pressão, a angústia se tornam até maiores do que as próprias doenças.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como viver a sua vida com ânimo e sem desânimo? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Reinaldo Passadori

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