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A Arte de Fazer Boas Perguntas: Transformando Vidas Ordinárias em Vidas Extraordinárias

A Arte de Fazer Boas Perguntas: Transformando Vidas Ordinárias em Vidas Extraordinárias

Gosto de um pensamento atribuído a Albert Einstein, que diz o seguinte:

“A mera apresentação de um problema ou a formulação de perguntas é, com frequência, muito superior à sua solução, que pode depender de habilidades matemáticas ou destreza experimental. Levantar novos problemas ou analisá-los sob novos ângulos, isto sim exige imaginação criadora e assinala avanços reais no campo da ciência”.

Formular perguntas inteligentes e não as respostas é o que propicia um pensar novo, “fora da caixa”, gerando, como consequência, inovações e avanços em todos os campos e ramos da inteligência humana.

Fazer perguntas em um processo de educação e aprendizagem não é nenhuma novidade. Há uma técnica chamada Maiêutica, atribuída a Sócrates, filósofo grego que viveu no Século V a.C.  que deriva do termo grego “maieutiké”, significa “parteira”. Curiosamente, Sócrates comparava seu método de ensino à arte da parteira, que ajuda a trazer à luz algo que já existe dentro da pessoa.

Esse método, por meio de perguntas, ajudava seus interlocutores a descobrirem verdades dentro de si mesmos. A formulação de perguntas, ou uso da Maiêutica, serve como recurso para promover autoconhecimento e autodescoberta. Ela tem como objetivo levar as pessoas, de fato, a refletirem profundamente sobre suas crenças e seus conhecimentos, gerando a possibilidade de identificar a lógica, as consistências e as falhas em seus raciocínios.

A maiêutica é útil na educação de modo geral e, em nossos dias, utilizada em todos os processos de transformação pessoal, quer seja mentoria, cursos, palestras, terapias, quer seja para despertar interesse, propiciando soluções criativas para problemas e evolução em todos os ramos do conhecimento humano.

A utilização da maiêutica é realizada por meio de diálogos estruturados, nos quais o mentor, o professor ou o palestrante faz uma série de perguntas estratégicas, cujo objetivo é desafiar a suposição do aluno ou dos ouvintes e ajudá-los a terem uma compreensão mais profunda do tema em questão.

O processo geralmente envolve as seguintes etapas, a saber:

  1. Exame das crenças atuais;
  2. Identificação de contradições;
  3. Reconstrução do conhecimento.

Além da Maiêutica, um recente estudo sobre perguntas, apresentado no livro: A Arte de Fazer Perguntas Certas de Tim Ferriss, Warrem Berger, Hope Jahrem e Jonathon Keats, salienta que:

“O paradigma que cativou o Vale do Silício e outros centros de inovação em todo o mundo é a valorização das perguntas, se sobrepondo às suas respostas e afirmam que se você rastrear alguns dos avanços mais inovadores do mundo até o momento em que os seus criadores os conceberam, descobrirá que a maioria nasceu de uma grande pergunta.”

A arte de fazer boas perguntas começa com perguntas ingênuas, típicas das crianças ao buscarem saber como as coisas funcionam, por que isso ou aquilo, fazendo inferências, tirando dúvidas, tentando entender algo lógico ou uma ideia que se contradiz com outra.

Curiosamente, a cultura geral ensina que as respostas são mais importantes do que as perguntas, consequência do sistema educacional tradicional, uma vez que a mensuração dos resultados do aprendizado é justamente aferida pelas respostas certas, resvalando na aplicação das matérias pelos professores, cuja missão é transmitir os programas das matérias por eles ensinadas.

As perguntas de uma criança são chamadas perguntas de curiosidade e são livres de qualquer julgamento, entretanto o valor de uma pergunta de curiosidade reside na capacidade de produzir mudanças posteriores. Por exemplo, se temos árvores em nossa casa, por que não temos árvores que dão frutas? Uma instigação dessa natureza pode gerar o interesse e, por que não, uma prática salutar de ter frutas frescas, colhidas no próprio quintal.

Na maioria dos casos, as perguntas elementares são justamente as perguntas certas e estão bem ali, na frente dos olhos de todos e alguém teve um insight para formulá-la.

Para tornar esse artigo mais interessante, vou sugerir algumas alternativas para você praticar e a partir de hoje mesmo, começar a fazer perguntas certas, além das que já faz, mas com objetivos específicos. Além de fazer as perguntas, vou apresentar alguns benefícios gerados ou inspirados pelas perguntas:

Quais são os diferentes tipos de perguntas e quando usar cada tipo?

  • Abertas – Usadas para obter respostas precisas, além de explorar pensamentos, ideias e sentimentos.
  • Fechadas – Servem para obter informações e respostas precisas e diretas, normalmente com resposta de sim ou não.
  • Reflexivas – Como o próprio nome diz, promovem reflexões e aprofundam o conteúdo das respostas.
  • Hipotéticas – Geram alternativas e cenários possíveis, normalmente utilizadas para testar ideias e ampliar possibilidades de respostas.
  • Clarificadoras – Têm o objetivo de esclarecer pontos obscuros ou ambíguos.
  • Espelho – Normalmente chamadas de paráfrase (do verbo parafrasear), servem para confirmar a compreensão do que foi dito.
  • Escalonadas – São utilizadas para guiar a conversa de forma estruturada e coerente.

De que forma tornar mais prática essa reflexão tão importante sobre perguntas?

Com essa pergunta, apresento alguns exemplos de mudanças geradoras pela provocação das perguntas astutas em diversos segmentos da nossa vida:

1. Na resolução de conflitos algumas perguntas poderosas poderiam ser:

  • Quais suas principais preocupações sobre essa questão?
  • Quais as alternativas para a solução desse problema?
  • Quem são, de fato, as pessoas responsáveis e com competência para resolver?
  • O que você ganha ao resolver esse conflito?

2. No desenvolvimento pessoal, algumas perguntas como:

  • Quais seus objetivos a curto, médio e a longo prazo?
  • Quais os benefícios que terá com esse aprimoramento na sua vida?
  • Em que estágio está e quais os próximos passos para seu desenvolvimento?
  • Qual sua visão sobre sua carreira daqui a um ano? E daqui a cinco anos?

3. Na liderança e motivação, pode-se perguntar:

  • Como podemos melhorar o desempenho da nossa equipe?
  • O que, de fato, te impede de produzir mais e melhor em menos tempo e menor esforço?
  • Que recursos ou treinamentos são necessários para um melhor desempenho?
  • Quais são os valores essenciais da empresa que são semelhantes aos seus?

4. Na educação e aprendizado, algumas sugestões:

  • O que você achou de mais interessante nesse tema?
  • Que benefícios esse recurso trará para sua vida pessoal? E profissional?
  • Esse assunto tem a ver com seus interesses?
  • Quais os recursos necessários para você melhorar sua produtividade?

A arte de fazer boas perguntas é, sem dúvida, um dos poderosos recursos que podem transformar vidas ordinárias em vidas extraordinárias. Isso porque uma boa pergunta é lastreada na inteligência em uso, nos ajudando a resolver conflitos, aprender, liderar, vender, negociar, atender bem a um cliente. Além disso, ajuda a melhorar a nossa comunicação e aguçar a nossa sensibilidade, fazendo-nos seres humanos mais conscientes, cultos e, acredito até, mais felizes.

Gostou do artigo? 

Quer saber mais sobre como usar a arte de fazer boas perguntas que transformam vidas ordinárias em vidas extraordinárias? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Reinaldo Passadori

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